Monte Belo do Sul, a pequena cidade de 2,7 mil habitantes na Serra Gaúcha, é um bom lugar para possíveis investidores turísticos visitarem neste fim de semana. Sábado e domingo, será realizada a 11ª edição do Polentaço, um evento que deve receber mais de 4 mil pessoas. Elas vão pegar a estrada atraídas por uma cultura típica do lugar: a celebração do alimento símbolo da imigração italiana.
Um lugar que tem se tornado opção para quem quer evitar o alto movimento do Vale dos Vinhedos e propício a novos negócios, Monte Belo do Sul mantém as suas características de cidade pequena e aposta na tradição para fomentar o turismo. No caminho, já há o aviso de que por lá se fala “talian”, a língua que nasceu da miscigenação entre os italianos que chegaram a essas terras e os brasileiros que por aqui já viviam. É uma forma de colocar o visitante no clima.
No Polentaço, assim como em outros eventos turísticos, a gastronomia ganha força com barraquinhas na praça, expandindo o espaço dos restaurantes. O artesanato também tem vez. Tudo isso ao lado do grande atrativo que simboliza o evento: o tombo da polenta. Em duas ocasiões, uma no sábado (às 14h45min) e outra no domingo (às 14h30min), 800 quilos de polenta serão retirados do tacho gigante e colocados em um enorme recipiente. Paralelamente, esculturas de polenta - com júri avaliador - reforçam a tradição.
Depois do “tombo”, como forma de receptividade - e o italiano demonstra o seu amor por meio da comida -, o alimento típico é distribuído gratuitamente com molho. Em 2019, a última edição realizada, devido à pandemia, foram mais de 4 mil pequenas porções entregues a quem estava circulando pela praça. Dessa forma, Monte Belo do Sul ensina como um atrativo genuíno tem força para movimentar o turismo. E, além de tudo, mantém viva uma cultura que está enraizada no povo da Serra Gaúcha.
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